Farmacogenômica e personalização do tratamento da Epilepsia
Palavras-chave:
Epilepsy, Pharmacogenomics, Antiepileptic drugs, Genetic markers, Personalized dosingResumo
A epilepsia é uma condição neurológica crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O tratamento convencional da epilepsia envolve a prescrição de medicamentos antiepilépticos (MAEs), mas a resposta a esses medicamentos varia consideravelmente entre os indivíduos. A farmacogenômica, que se concentra no estudo das variações genéticas que influenciam a resposta aos medicamentos, emergiu como uma ferramenta poderosa na personalização do tratamento da epilepsia. Este artigo revisa os avanços e desafios da farmacogenômica aplicada à epilepsia. Primeiramente, discute-se a identificação de marcadores genéticos associados à resposta aos MAEs, destacando a importância de polimorfismos genéticos em genes relacionados ao metabolismo e transporte de MAEs. Esses marcadores genéticos permitem que os médicos prevejam com maior precisão como um paciente responderá a um MAE específico. Em seguida, aborda-se o desenvolvimento de estratégias de dosagem personalizada com base no perfil genético do paciente. Essas estratégias têm o potencial de otimizar a eficácia do tratamento e minimizar os efeitos colaterais, garantindo que cada paciente receba a dose adequada de MAEs de acordo com sua capacidade metabólica individual. Além disso, destaca-se o papel das ferramentas de apoio à decisão clínica baseadas em genética, como algoritmos e sistemas de inteligência artificial, na tradução das informações genéticas em recomendações práticas para médicos. No entanto, o caminho para a implementação completa da farmacogenômica na epilepsia enfrenta desafios, como a necessidade de testes genéticos acessíveis e a educação médica continuada sobre farmacogenômica. Questões éticas e de privacidade relacionadas ao uso de informações genéticas também requerem atenção cuidadosa. Em resumo, a farmacogenômica oferece a promessa de terapias mais eficazes e personalizadas para pacientes com epilepsia. À medida que a pesquisa avança e as ferramentas se tornam mais acessíveis, espera-se que a farmacogenômica desempenhe um papel crucial na melhoria da qualidade de vida dos pacientes com epilepsia e na otimização da gestão clínica dessa condição complexa.