Compreendendo a comunicação não-verbal: Aplicações na área da saúde
Palavras-chave:
Comunicação verbal na saúde, Linguagem corporal e saúdeResumo
Neste artigo, apresentamos uma introdução teórica à comunicação não-verbal (CNV), apresentando suas fontes, funções e aplicações no campo da saúde. A CNV, conhecida por vários termos ao longo do tempo, como "linguagem corporal", ganhou destaque graças a livros de autoajuda sobre linguagem corporal. No entanto, é importante observar que a "linguagem corporal" abrange apenas uma fração da CNV, concentrando-se em comportamentos não verbais observáveis. Não obstante, a CNV tem uma presença constante no cotidiano, muitas vezes passando despercebida, mas suas funções e influências são profundas. Profissionais de saúde devem dominá-la, uma vez que a CNV pode desempenhar um papel crucial na interação com os pacientes, na aquisição e na validação de informação. Destacamos a relevância da CNV para profissionais de saúde, organizando seus aspectos teóricos de acordo com suas funções: (1) contextualização da comunicação, quando a CNV fornece contexto à comunicação, ajudando a compreender o ambiente e as emoções dos pacientes; (2) suplementação à comunicação verbal, uma vez que complementa a comunicação verbal, enfatizando informações importantes e revelando dúvidas, ansiedades e emoções não expressas verbalmente; e (3) regulação de interações: A CNV regula as interações, o fluxo e a duração da conversação, além de influenciar a qualidade da relação terapêutica. Também enfatizamos a auto-observação da CNV por parte dos profissionais de saúde, ajudando-os a compreender suas próprias reações em relação ao ambiente, narrativas e emoções dos pacientes. Além disso, ressaltamos a importância de interpretar a CNV com base em conhecimento confiável, dada a disseminação de informações pseudocientíficas sobre o assunto. Concluímos que a aprendizagem da CNV é valiosa para profissionais de saúde, aprimorando a comunicação e a percepção das emoções, o que, por sua vez, eleva a qualidade do atendimento e da relação terapêutica.