Sinais de ansiedade e depressão em pacientes na fase longa do covid-19
Palavras-chave:
COVID-Longo, Ansiedade, DepressãoResumo
Desde a sua descoberta, o COVID-19 tem causado um impacto significativo na saúde de toda a população a nível global e estudos recentes têm observado que pacientes infectados pelo vírus possuem grandes chances de desenvolver distúrbios relacionados à saúde mental, como ansiedade e depressão, por exemplo. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar os sinais de ansiedade e depressão em indivíduos na fase longa do COVID-19. Participaram desta pesquisa 10 indivíduos com idade 54,6 anos, sendo 40% da amostra composta por homens, acometidos pelo vírus COVID-19 há aproximadamente dois anos, hospitalizados ou não e apresentando sintomas e consequências da infecção, a qual se mantém por mais de 12 semanas. Foi aplicada a Escala de Ansiedade e Depressão (HAD), um questionário de 14 questões de múltipla escolha formado por duas subescalas, uma de sete itens voltados para ansiedade e outra de sete itens voltados para depressão. Foram obtidos resultados positivos para probabilidade de ansiedade e depressão, respectivamente: 40% (provável ou possível) e 10% (possível). Devido à vivência de uma doença grave como o COVID-19, o aspecto psicológico e social dos indivíduos foi afetado diretamente pela pandemia, considerando que ansiedade e depressão são reações comuns a situações traumáticas e estressantes. Dois anos após o acometimento por COVID, as pessoas ainda apresentam sinais de ansiedade e, em menor grau, depressão. Entretanto, o efeito da doença sobre a causa desses sinais não pode ser afirmado.