Transtornos mentais e comportamentais por uso de substâncias psicoativas: Pandemia Covid-19
Palavras-chave:
Mental Disorders, Illness Behavior Mental Health, Pandemics, Indicators of Morbidity and MortalityResumo
Os transtornos mentais (TM) estão diretamente associados ao crescimento da taxa de morbimortalidade devido ao seu potencial de causar doenças somáticas. Eles englobam tanto sofrimentos emocionais quanto fatores fisiopatológicos, sendo pouco identificados e tratados: o que gera forte impacto na sociedade. O presente estudo objetiva calcular os dados quantificando a morbimortalidade dos Transtornos Mentais e Comportamentais (TMC) por uso de álcool e outras substâncias psicoativas nas regiões brasileiras no período antes e durante a pandemia COVID-19. Trata-se de um estudo ecológico de caráter quantitativo, o qual se faz necessário visto que de acordo com as bases de dados: o Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS) e o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), neste intervalo de pandemia, a população foi mais exposta a fatores desencadeantes de distúrbios mentais: fatores sociais, genéticos, psicológicos e ambientais. A seleção nestas plataformas será direcionada à morbidade hospitalar de TMC por uso de álcool e outras substâncias psicoativas, tendo enfoque no diagnóstico precoce e prevenção de tais patologias segundo cada região brasileiras. Espera-se que este estudo possa contribuir com ações de orientação em Saúde que auxiliem na promoção e prevenção de riscos à saúde no país. Com os resultados apresentados nesta pesquisa, constata-se quanto à prevalência geral de internações por TMC devido ao uso de álcool que a região Norte apresentou a menor, 0,20/100.000hab, e Sul com a maior prevalência, de 4,77/100.000hab. Quanto à prevalência geral de óbitos por estes transtornos, a região Norte também apresentou a menor, 0,26/100.000hab, e a região Sul com a maior prevalência, de 1,56/100.000hab. Ademais, a região Norte apresentou a menor prevalência geral de internações por TMC devido ao uso de múltiplas drogas e substâncias psicoativas, 0,47/100.000hab, e a região Sul com a maior prevalência, de 5,79/100.000hab. A região Sudeste apresentou a menor prevalência geral de óbitos por estes transtornos, 0,00/100.000hab, e a região Sul com a maior prevalência, de 0,67/100.000hab. Sobre as faixas etárias, nosso estudo revelou que as maiores taxas ocorreram na população cuja idade esteve relacionada ao período de maior produtividade no trabalho e na população de idade avançada. Outra variável analisada foi o gênero, cujo resultado mostrou que o sexo masculino apresentou maior prevalência que o feminino nas internações e nos óbitos. Desta forma, este público deve receber maior enfoque de políticas públicas através de campanhas de conscientização e intervenção precoce relacionada ao uso de substâncias psicoativas.