Aplicações da laserterapia na odontologia hospitalar

Resumen

A odontologia hospitalar surgiu como uma especialidade há cerca de um século e meio, graças aos esforços dos Drs. Simon Hullihen e James Garrestson. No entanto, seu reconhecimento no Brasil ocorreu somente em 2004 e ainda hoje, frequentemente, não recebe o reconhecimento merecido. Os profissionais de odontologia que atuam em ambiente hospitalar têm como responsabilidade a realização de procedimentos que evitem o agravamento de doenças locais e sistêmicas nos pacientes, contribuindo para seu bem-estar.
Esta análise bibliográfica elucida a relevância da presença e atuação de um dentista cirúrgico no contexto hospitalar, ressaltando a função da terapia a laser disponibilizada tratamento coadjuvante, especialmente em inflamações das mucosas. O laser, uma forma de luz com comprimento de onda específico, é capaz de interagir com as células, desencadeando efeitos como analgesia (infravermelho) e modulação celular para promover a regeneração tecidual (vermelho). Assim, ele pode ser empregado como coadjuvante na terapia de condições como Herpes simples e herpes zoster, que podem surgir devido à imunossupressão presente nos pacientes hospitalizados; em procedimentos cirúrgicos bucomaxilofaciais; em situações de osteonecrose, seja por exposição a bisfosfonatos ou radiação; ou ainda em casos de mucosites. Conforme observado por Hespanhol FL et al. (2010), a mucosite representa a principal manifestação oral em pacientes com câncer, estando presente em 14,2% de todos os pacientes. Para gerenciar essa condição, a utilização do laser demonstra ser uma abordagem eficaz, estimulando a reepitelização, a formação de colágeno e a angiogênese. A presença do cirurgião-dentista em contextos hospitalares amplia sua importância quando ele incorpora a laserterapia como recurso auxiliar, promovendo conforto aos pacientes.

DOI:http://doi.org/10.56238/IICongressmedicalnursing-100