Estudo histórico das notificações de esquistossomose no estado de Minas Gerais e nas cidades pertencentes à bacia do Rio Paranaíba
Palabras clave:
Esquistossomose, Rio Paranaíba, Saúde PúblicaResumen
Aproximadamente 82% da população mundial não tem acesso à água potável de qualidade. Anualmente, mais de cinco milhões de pessoas morrem por adquirirem doenças relacionadas à água. Em 2019, a OMS estima que, 15 mil pessoas morreram e 350 mil foram internadas no Brasil devido a doenças ligadas à precariedade do saneamento básico. Cerca 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada e metade da população não tem serviços de coleta de esgoto. Nesse contexto, a situação do Brasil quanto à esquistossomose é de que, cerca de 1,5 milhões de pessoas vivem em áreas sob o risco de contrair a doença. Os estados das regiões Nordeste e Sudeste são os mais afetados. Pretende-se, por meio desta pesquisa levantar os dados históricos (2007 a 2022) epidemiológicos de notificações de esquistossomose em Minas Gerais e nas cidades pertencentes à Bacia do Rio Paranaíba. Foram eleitos como objeto da pesquisa os indivíduos cadastrados na base de dados do sistema SINAN, na seção Doenças e Agravos de Notificação-2007 em diante, independentemente de sua faixa etária. O Instituto Mineiro de Gestão das Águas divide a bacia em três sub-bacias (PN1, PN2 e PN3). Os dados de notificação de casos de esquistossomose foram correlacionados por meio de levantamentos gráficos, levando-se em consideração as sub-bacias. Em Minas Gerais, a maior incidência de esquistossomose configurou-se entre 2009 a 2011, sendo essa mais predominante em 2010. Já na bacia do Rio Paranaíba as maiores incidências ocorreram nos anos de 2013, 2015 e 2019. Para todo o período avaliado, a sub-bacia PN2 possui maior incidência de notificações de esquistossomose.