Interseccionalidade em saúde: impactos do preconceito nos índices de diagnóstico de HIV no ano de 2022

Authors

  • Bruna da Silva Sousa
  • Raquel da Silva Sousa
  • Iasmin Borges da Costa
  • Vera Regina Fernandes da Silva Marães

Keywords:

Interseccionalidade, HIV, Saúde pública

Abstract

Introdução: O vírus da imunodeficiência humana popularmente conhecido por HIV, é o vírus responsável pela deterioração do sistema imunológico do seu portador, que pode ser transmitido por sêmen, lubrificação vaginal, sangue e leite materno, sendo as relações sexuais desprotegidas e o compartilhamento de fluido sanguíneo por seringa as formas de transmissão mais frequentes no Brasil e no mundo. Objetivo: Analisar os dados de transmissão do HIV no Brasil por meio do viés sociológico, com ênfase na análise da interseccionalidade. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa transversal de abordagem quantitativa, realizada por meio da coleta de dados de diagnósticos de HIV no Brasil no ano de 2022. A coleta de dados foi realizada por meio dos dados públicos obtidos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: No ano de 2022, os números de infecções em pessoas pardas e negras totalizaram 3687, enquanto apenas 1971 correspondiam a pessoas brancas. Esses valores refletem a relação de cuidado e disseminação de informação superior em pessoas brancas, de forma que em relação a distribuição por categoria de exposição no ano de 2022, segundo o DATASUS, homossexuais correspondem a 1533 pessoas diagnosticadas nesse ano, enquanto 1493 são heterossexuais. Conclusão: Analisando dados econômicos, escolaridade, orientação sexual, gênero e raça, fica claro uma visão interseccional entre raça, classe, gênero e sexualidade. Partindo da teoria da interseccionalidade, onde os preconceitos se somam e se articulam, a interseccionalidade não apenas causa dor e sofrimento pessoal, mas freia políticas públicas, aumenta o estigma e se relaciona com a necropolítica de eliminação de corpos negros e de classes sociais mais baixas. É possível compreender que o público acometido são pessoas negras, e que ainda temos valores maiores na população LGBTQIA+, o que demonstra que as políticas públicas e acesso à saúde ainda estão sendo deficitários para as populações estudadas.

DOI:http://doi.org/10.56238/IICongressmedicalnursing-124

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Published

2023-09-12

How to Cite

Sousa, B. da S., Sousa, R. da S., da Costa, I. B., & Marães, V. R. F. da S. (2023). Interseccionalidade em saúde: impactos do preconceito nos índices de diagnóstico de HIV no ano de 2022. Caderno De ANAIS HOME. Retrieved from https://homepublishing.com.br/index.php/cadernodeanais/article/view/843