O uso de psicofármacos por estudantes e o impacto na sua saúde mental

Abstract

Introdução: O estudante brasileiro, por vezes, não consegue a aprovação no curso ou universidade desejada, por isso, vai em busca de cursos preparatórios para os vestibulares. Devido ao desgaste emocional e aos elevados níveis de estresse, os medicamentos ansiolíticos, antidepressivos e neuroestimulantes são ferramentas buscadas por esse público, muitas vezes sem necessidade e sem a avaliação de um profissional médico ou conhecimento dos pais, gerando uma situação preocupante para todos. Objetivos: Analisar quais fatores contribuem para o uso dos medicamentos e verificar quais são os efeitos dos medicamentos utilizados no desempenho escolar dos pré-vestibulandos pré-vestibulandos da região oeste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quantitativa e qualitativa de cunho exploratório descritivo. Participaram da pesquisa, por meio da resposta de um formulário, pré-vestibulandos de três unidades de um cursinho pré-vestibular. Resultados: Identificou-se que, dos 77 participantes, 68 deles apresentaram piora na sua saúde mental após o início do cursinho. Nesse contexto, para controle psíquico, 37,6% responderam que passaram a usar algum psicofármaco após ingresso no pré-vestibular; desses, 72,4% referem apresentar melhora no desempenho escolar após a medicação. Discussão: O uso de psicofármacos, principalmente ansiolíticos e antidepressivos, pelos estudantes deixou claro a evolução positiva no desempenho, visto que esses medicamentos buscam tratar uma patologia que muitas vezes é secundária ao próprio estudo, causada pelo estresse, pressão pela aprovação ou rotina exagerada de estudos. Conclusão: A pesquisa evidenciou que, o estilo de vida e a pressão sobre os estudantes de cursinho, geram um elevado consumo de psicofármacos para melhora no desempenho escolar e controle da saúde mental.

DOI:http://doi.org/10.56238/IICongressmedicalnursing-088